Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.
Registro 5 e 6 – 6 e 7 de Eleasias de 1372 (22 de Fevereiro e 8 de março de 2010)
Investimos contra o acampamento inimigo. Como era de manhã e os soldados ainda estavam se preparando para o dia, resolvemos atacar através de uma emboscada. Invoquei um servo invisível, que chamou a atenção do goblinóides para um lado do acampamento, enquanto entrávamos pelo outro. A ação levou a combate direto com o líder necromante do grupo (um humano com poderes arcanos sombrios) e seus lacaios.
O grupo estava reduzido: somente Sarah, Regdar, Agnata e eu combatemos. Com um integrante a menos, o combate foi um grande desafio. No combate corpo-a-corpo as criaturas foram até fáceis de serem derrubadas, com o ímpeto do Velho e os golpes certeiros de Agnata. Enquanto isso, Sarah aproveitou a cobertura da floresta para disparar seus virotes nos inimigos desatentos. Eu utilizei minhas magias para afastar os inimigos de meus companheiros e aguardei o momento certo para cobri-los com um véu de chamas.
O necromante mostrou-se inapto para o combate direto (o Velho “colou” nele, o que dificultou que ele lançasse magias). Mesmo assim, o mago das trevas conseguiu erguer corpos mortos para seu auxílio em combate. O grupo chegou a ficar rodeado de criaturas, mas com dificuldade (e uns pequenos truques de magia), conseguimos sair do cerco. Já cansados do combate direto, ainda tínhamos para enfrentar arqueiros. Esses últimos inimigos tiraram de longe muito sangue da gente, enquanto estávamos preocupados com os inimigos próximos.
Agnata e o Velho chegaram a ficar inconscientes. Com muita dificuldade lembrei de alguns livros de primeiros socorros que li, o que foi útil para dar um sobre de vida para Agnata, que depois ajudou o Velho a se levantar. Mas uma flecha certeira atravessou meu manto e meu peito (novamente tive a visão do Palácio de Cristal do mundo feérico…). Agnata rapidamente conseguiu me trazer de volta, a tempo de usar meu familiar para distrair os arqueiros e acabar com os últimos inimigos próximos. Os arqueiros fugiram, porém não fomos atrás (o grupo estava bem cansado e sofreu muitos danos).
Recolhemos os corpos mortos e jogamos em um rio próximo (para não voltarem a vida com algum ritual negro). Aproveitamos e fizemos uma busca nos pertences do acampamento inimigo, buscando informação ou itens que nos ajudassem na recuperação. Encontramos poções de cura, armas e itens mágicos (que vão servir muito bem para as necessidades do grupo). Além disso, encontramos o grimório do necromante, que contém muitas informações relevantes sobre sua origem e magias das trevas.
Exaustos, com ferimentos frescos e com os suprimentos no fim, decidimos voltar para a cidade e informar tudo o que havíamos descoberto até então (muita coisa, inclusive). O caminho foi um tanto tortuoso, principalmente pelo cansaço em cada fibra de nossos corpos. Mesmo saindo pela manha em passo apressado, chegamos no último raio de sol do dia nas imediações da cidade.
Para nossa surpresa, encontramos a cidade iluminada por focos de incêndio e regida por gritos de desespero. Os goblinóides estavam atacando a cidade em peso. Logo que passamos uma pequena plantação, conseguimos salvar uma família e sua casa de serem incendiados por três goblins (foi uma ação rápida: “desarmei” a bomba de fogo com minhas mãos mágicas, enquanto o resto do grupo fez ataques surpresas certeiros).
A família salva e decidimos voltar para a mansão de Lorde Aencar. Mas o caminho da cidade mostrou-se tão perigoso e tortuosos quanto da floresta. Muitas patrulhas rondavam a cidade e os moradores afirmavam que o dragão negro havia passado por ali. Tentamos nos esgueirar, mas tivemos o azar de encontrar uma patrulha. Ela não representou muito problemas e ainda conseguimos libertar alguns aldeões prisioneiros. Com a ajuda de um deles, conseguimos nos aproximar da mansão de Lorde Aencar (o lugar estava sitiado, como uma última linha de defesa contra o ataque goblinóide).
Agora encontro-me na tenda da comitiva de Cormir, enquanto aguardo meu mestre para relatar a situação e poder ver o que poderemos fazer. O clima é tenso entre os soldados que fazem a guarda e as pessoas que tentam ajudar (mesmo com poucos conhecimentos em combate). Esperamos o sol nascer.
Lembrete 1: levar mais suprimentos mágicos em viagem.
Lembrete 2: tomar cuidado com emboscadas inimigas.
Lembrete 3: carregar mais poções de cura junto (são úteis em momentos cruciais).
Adendo: Nosso companheiro bruxo, Zéromos, decidiu que não voltaria para a cidade e tomou seu próprio caminho pelo mundo. O grupo remanescente agora é formado pela elfa Sara, pelo humano Regdar, pela draconata Agnata e por mim.