Posts Tagged ‘Forgotten Realms

19
mar
10

memórias de sariel valenae – capítulo 1 – sessão 5 e 6

Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.

Registro 5 e 6 – 6 e 7 de Eleasias de 1372 (22 de Fevereiro e 8 de março de 2010)

Investimos contra o acampamento inimigo. Como era de manhã e os soldados ainda estavam se preparando para o dia, resolvemos atacar através de uma emboscada. Invoquei um servo invisível, que chamou a atenção do goblinóides para um lado do acampamento, enquanto entrávamos pelo outro. A ação levou a combate direto com o líder necromante do grupo (um humano com poderes arcanos sombrios) e seus lacaios.

O grupo estava reduzido: somente Sarah, Regdar, Agnata e eu combatemos. Com um integrante a menos, o combate foi um grande desafio. No combate corpo-a-corpo as criaturas foram até fáceis de serem derrubadas, com o ímpeto do Velho e os golpes certeiros de Agnata. Enquanto isso, Sarah aproveitou a cobertura da floresta para disparar seus virotes nos inimigos desatentos. Eu utilizei minhas magias para afastar os inimigos de meus companheiros e aguardei o momento certo para cobri-los com um véu de chamas.

O necromante mostrou-se inapto para o combate direto (o Velho “colou” nele, o que dificultou que ele lançasse magias). Mesmo assim, o mago das trevas conseguiu erguer corpos mortos para seu auxílio em combate. O grupo chegou a ficar rodeado de criaturas, mas com dificuldade (e uns pequenos truques de magia), conseguimos sair do cerco. Já cansados do combate direto, ainda tínhamos para enfrentar arqueiros. Esses últimos inimigos tiraram de longe muito sangue da gente, enquanto estávamos preocupados com os inimigos próximos.

Agnata e o Velho chegaram a ficar inconscientes. Com muita dificuldade lembrei de alguns livros de primeiros socorros que li, o que foi útil para dar um sobre de vida para Agnata, que depois ajudou o Velho a se levantar. Mas uma flecha certeira atravessou meu manto e meu peito (novamente tive a visão do Palácio de Cristal do mundo feérico…). Agnata rapidamente conseguiu me trazer de volta, a tempo de usar meu familiar para distrair os arqueiros e acabar com os últimos inimigos próximos. Os arqueiros fugiram, porém não fomos atrás (o grupo estava bem cansado e sofreu muitos danos).

Recolhemos os corpos mortos e jogamos em um rio próximo (para não voltarem a vida com algum ritual negro). Aproveitamos e fizemos uma busca nos pertences do acampamento inimigo, buscando informação ou itens que nos ajudassem na recuperação. Encontramos poções de cura, armas e itens mágicos (que vão servir muito bem para as necessidades do grupo). Além disso, encontramos o grimório do necromante, que contém muitas informações relevantes sobre sua origem e magias das trevas.

Exaustos, com ferimentos frescos e com os suprimentos no fim, decidimos voltar para a cidade e informar tudo o que havíamos descoberto até então (muita coisa, inclusive). O caminho foi um tanto tortuoso, principalmente pelo cansaço em cada fibra de nossos corpos. Mesmo saindo pela manha em passo apressado, chegamos no último raio de sol do dia nas imediações da cidade.

Para nossa surpresa, encontramos a cidade iluminada por focos de incêndio e regida por gritos de desespero. Os goblinóides estavam atacando a cidade em peso. Logo que passamos uma pequena plantação, conseguimos salvar uma família e sua casa de serem incendiados por três goblins (foi uma ação rápida: “desarmei” a bomba de fogo com minhas mãos mágicas, enquanto o resto do grupo fez ataques surpresas certeiros).

A família salva e decidimos voltar para a mansão de Lorde Aencar. Mas o caminho da cidade mostrou-se tão perigoso e tortuosos quanto da floresta. Muitas patrulhas rondavam a cidade e os moradores afirmavam que o dragão negro havia passado por ali. Tentamos nos esgueirar, mas tivemos o azar de encontrar uma patrulha. Ela não representou muito problemas e ainda conseguimos libertar alguns aldeões prisioneiros. Com a ajuda de um deles, conseguimos nos aproximar da mansão de Lorde Aencar (o lugar estava sitiado, como uma última linha de defesa contra o ataque goblinóide).

Agora encontro-me na tenda da comitiva de Cormir, enquanto aguardo meu mestre para relatar a situação e poder ver o que poderemos fazer. O clima é tenso entre os soldados que fazem a guarda e as pessoas que tentam ajudar (mesmo com poucos conhecimentos em combate). Esperamos o sol nascer.

Lembrete 1: levar mais suprimentos mágicos em viagem.

Lembrete 2: tomar cuidado com emboscadas inimigas.

Lembrete 3: carregar mais poções de cura junto (são úteis em momentos cruciais).

Adendo: Nosso companheiro bruxo, Zéromos, decidiu que não voltaria para a cidade e tomou seu próprio caminho pelo mundo. O grupo remanescente agora é formado pela elfa Sara, pelo humano Regdar, pela draconata Agnata e por mim.

22
fev
10

memórias de sariel valenae – capítulo 1 – sessão 4

Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.

Registro 4 – 5 de Eleasias de 1372 (8 de Fevereiro de 2010)

A emboscada contra dois hobgoblins patrulheiros foi bem sucedida. Eles apareceram para nos procurar já que deixamos um dos inimigos do último combate fugir. Depois de métodos (socos) bem persuasivos do Velho, o inimigo revelou que o Dragão Negro é o general da tropa e que o humano de roupa preta é um Necromante (há carroças com corpos que provavelmente podem ser animados).

O grupo ficou um bom tempo discutindo sobre os próximos passos, até que surgiu a idéia de chamar a atenção de mais inimigos e criar uma nova emboscada. Decidimos queimar os corpos dos hobgoblins abatidos nas últimas batalhas e ficarmos escondidos, esperando o melhor momento para atacar.

A tática pareceu ter dado certo, já que abatemos os inimigos com menos dificuldade do que a última batalha em maior escala (mesmo assim tivemos certa dificuldade em abater os hobgoblins). Já que estávamos cansados e esgotados depois das batalhas, Sarah encontrou uma boa caverna para passarmos a noite e descansar. Montamos acampamentos e usei um de meus truques arcanos para criar um perímetro de vigilância na área.

Durante a noite, percebi muita movimentação pela floresta, com diversos grupos de goblinóides vasculhando e se deslocando para a cidade (provavelmente para efetuarem os ataques que um dos hobgoblins capturados revelou). Ficamos escondidos até o amanhecer, quando decidimos nos aproximar do acampamento. No caminho encontramos uma das patrulhas e tivemos mais um combate – e mais uma vez o grupo teve dificuldades em derrotar os inimigos.

Fui gravemente ferido novamente, enquanto outros companheiros não conseguiram derrubar os goblinóides de forma rápida. Agora estamos nas imediações do acampamento principal dos goblinóides e termino essas rápidas notas enquanto o grupo decide o próximo movimento.

Lembrete 1: buscar mais proteção e abrigo durante combate.

Quantidade de dias relatados: 1

[1] Necromantes: são a versão maligna dos magos. Suas artes são vis e cruéis. Geralmente usam vestes negras e cajados com globos negros ou crânios de animais, e até pessoas, mortos.

03
fev
10

memórias de sariel valenae – capítulo 1 – sessão 3

Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.

Estudos sobre Dragões Negros

Registro 3 – 3 de Eleasias de 1372 (25 de Janeiro de 2010)

Minha mão que segura a pena e registra as memórias de hoje ainda está trêmula. Se eu fosse dar um nome para o dia, como o Mago Louco deu para cada ano, chamaria de o “Dia das Provações”. Os corpos e as almas do grupo todo enfrentaram desafios inesperados, até mesmo para uma equipe composta pelas mais diversas habilidades dos integrantes. O desgaste é o cansaço são um fardo a mais em nossa bagagem…

Logo depois de conseguir informações do kobold sobrevivente, o grupo descobre uma trilha alternativa para o destino apontado pelo mapa da missão. O mapa apresenta um pequeno desvio da rota original, mas o grupo (menos o Velho) decidiu arriscar esse caminho. Caminhada um tanto quanto tranqüila, já que não havia mais o charco, até a chegada em um desfiladeiro.

Era uma queda alta, em torno de seus trinta metros. Enquanto folheava meu grimório em busca de alguma magia capaz de ajudar na descida, o Velho, o Sujo, Sarah e Agnata juntaram suas cordas para chegar até embaixo “no braço”. Mesmo com a força do grupo reunido, o desafio era grande (assim como a queda). Por isso tentamos de várias maneiras melhorar a descida: amarrando a corda na árvore e depois a corda ao redor da cintura de cada um.

O primeiro a descer foi o Sujo. No começou mostrou-se habilidoso na tarefa (tanto que trazia consigo um kit de escalada). Mas suas pernas curtas não foram suficientes para alcançar apoio nos metros finais e ele caiu como um saco de chumbo que escapou das mãos de um estivador. A sujeira da falta de cuidados pessoais sumiu embaixo da lama de sangue e terra que cobriu o Sujo.

Sarah, Zeromus e eu fomos descidos sem dificuldades (essas horas não vestir armadura pesada tem suas vantagens), já que a força de Agnata e do Velho foram combinadas. Já na descida da draconata houve um pouco mais de dificuldade, mas ela chegou sem mais problemas. O Velho então, sozinho, viu-se em uma posição complicada: como descer sem ajuda?

O Velho despiu sua armadura e equipamentos e mandou pela corda. Ele arriscou uma manobra um tanto arriscada (para não dizer um tanto suicida) de tentar arremessar-se com a intenção de descer mais rapidamente. Mas a sorte não estava ao lado dele. Desceu alguns metros de forma cuidadosa, mas uma pedra solta fez o Velho escorregar e quase ir de encontro ao seu criador.

Todos ajudamos o Sujo e o Velho a recomporem-se (quase que literalmente pelas fraturas expostas e luxações) e seguimos em frente. O caminho levou até uma grande clareira, um descampado com vegetação até a cintura. Em seu centro, um estranho círculo negro, como se queimado, chamou a atenção do grupo. Todos usaram seus conhecimentos para identificar a causa, já que Sarah disse não se tratar de um fenômeno natural. A conclusão que chegamos é que tratava-se de uma queimadura causada por magia (algo de grande porte).

O caminho levou-nos para a mata mais fechada, o que não mostrou ser um grande obstáculo com as orientações da patrulheira Sarah. Mas uma emboscada de hobgoblins trouxe muitos problemas.

Em primeiro lugar, fomos surpreendidos e cercados. Depois, lechas zuniram entre os galhos das árvores para encontrar o peito do Velho Paladino. Mangais giraram na direção da patrulheira, do Sujo e da draconata. E, por fim, pequenos goblins saíram impetuosos das moitas com suas lâminas na direção de Zeromus e na minha.

Pelo calor do combate e minha falta de experiência em tal situação, meu primeiro impulso foi me afastar da saraivada de flechas e pancadas de metal. Em poucos segundos, os atacantes pareceram dominar a situação tombaram um a um os integrantes. O primeiro a cair foi o Velho, seguido de Sarah e depois o Sujo. Os combatentes foram a linha de frente, que receberam a maioria dos golpes mais fortes.

Enquanto nossos companheiros caiam, Agnata, Zeromus e eu tentávamos sobreviver. Nosso suor começava a se misturar com nosso sangue, enquanto tentávamos fazer nossos golpes e magias acertar os inimigos. Agnata gritava incentivos para continuarmos, enquanto Zeromus procurava uma posição mais estratégica longe do combate e eu tentando queimar os inimigos mais próximos com meu fogo mágico.

A lâmina de um goblim foi então mais forte que minha magia e acabei trespassado por uma espada. Meu draconino, Dex, estava acordado e a última coisa que lembro é dele soltando um grito estridente tentando me proteger. O mundo das sombras me abraçou e tive um vislumbre do Palácio de Cristal. Vi outros de minha raça, que estavam de braços abertos para me acolher. Pareciam muito felizes em me ver (como se não me vissem há muito tempo) e sabiam meu nome. Era quente, iluminado e acolhedor.

Tudo então ficou úmido, frio e sombrio. Acordei no meio da floresta, com Agnata forçando meu coração bater. O combate parecia ter acabado, mas a vitória de nossa parte ficou marcada com muito do nosso sangue. Armaduras pareciam como cascas de ovos pisoteadas por cavalos, os corpos estavam como salgueiros depois de uma tempestade e as faces carregadas de um sentimento de derrota.

O Velho bradava a falta de estratégia do grupo enquanto recebia as ataduras. Ele explicou como deveríamos ter agido, qual inimigo atacado primeiro e como proceder. Eu ainda estava zonzo e tentando recuperar, pelo menos, minha integridade física (pois meus trages pareciam ter sido lavados em uma poça de piche de sangue). O grupo tudo ficou em um clima tenso de como deveria ter agido ou não. Acredito que nosso pouco tempo união ainda não criou o entrosamento esperado pelo Velho, mas as cicatrizes desse combate vão nos fazer lembrar (da pior maneira) como lidar com inimigos.

Enquanto o grupo se recuperava, vaguei entre os corpos dos inimigos em busca de algo que pudesse ser útil. Acabei encontrando nos braços dos soldados inimigos faixas púrpuras, que logo lembrei serem um símbolo dos Zentharim[1], magos que usavam portais caóticos e que tem relação com a Torre Negra.

Sarah então se prontificou para agir como uma batedora e investigar o acampamento inimigo mais a frente. Enquanto isso, o resto do grupo ficou escondido em uma gruta natural nas raízes de uma árvore.Eis que surge uma nova provação: ficar em um lugar frio, úmido, apertado e com pouca ventilação com mais quatros suados, incluindo o Sujo. Mas acabei desistindo de fazer alguma coisa, já que meu corpo clama por descanso.

Nossa batedora volta com notícias de um agrupamento de cerca de 150 soldados goblinóides, reunidos com um ogro e um dragão (!) negro (o dragão não era tão grande, pois era “só um pouco mais largo que o ogro”, segundo a patrulheira). Além disso, havia um humano vestido em trajes negros de couro, com uma faixa púrpura demonstrando uma patente maior no comando. Cansados, discutimos sobre o que fazer (cada músculo do meu corpo quase falava para mim: “se você quisesse dor desse tipo, deveria ter ficado carregando livros na biblioteca arcana, que era mais seguro”).

Tenho que interromper as anotações agora, ouço inimigos se aproximando aqui de nosso esconderijo sob a árvore.

Lembrete 1: estudar “estratégias de combate”.

Lembrete 2: aprender a preparar poções de cura.

Lembrete 3: ficar vivo em um combate é a maior vitória.

Quantidade de dias relatados: 1 (bem longo)

[1] Os Zentharim são um grupo de magos do mal, sacerdotes, guerreiros e ladinos dedicado ao objetivo de alcançar o maior domínio possível sobre os reinos. Qualquer coisa que não pode ser controlada por eles é neutralizada para não constituir uma ameaça ou eliminada (a maneira mais comum de lidarem com seus problemas).

03
fev
10

memórias de sariel valenae – capítulo 1 – sessão 2

Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.

Estas criaturas são kobolds.

Registro 2 – 3 de Eleasias de 1372 (18 de Janeiro de 2010)

A batalha com os lobos deixou marcas no grupo, desde os tecidos finos da minha roupa, até na carne do Sujo (o mais atingido pelas presas caninas). Segundo a Sarah, matilhas não costumam atacar viajantes desse jeito, ainda mais por estarem acompanhados de um lobo atroz[1]. Assim, há duas possibilidades desse ataque ter acontecido: a primeira eles poderiam estar simplesmente caçando e o lobo atroz, talvez desgarrado, tomou esse bando como sua nova matilha; em segundo, os lobos poderiam estar acuados por terem se assustado com alguma coisa (talvez a estirpe de goblins?).

Depois das palavras inspiradoras de Agnata, concertar nossas roupas (minhas, na verdade) e apertar nossas fivelas, seguimos caminho pelas indicações apontadas no mapa nas mãos do Velho. Quanto mato! Apesar de eu não ter sofrido tanto quanto meus companheiros de armadura no caminho pela floresta, foi difícil conseguir manter mais de 10 passos uniformes (até agora fico me perguntando como Sarah faz para ter tanta facilidade em andar na floresta…). Mosquitos e urtigas foram piores do que as aulas de clarividência na Academia Arcana

Nossa caminhada então encontrou um impasse bem úmido. Havia um charco no meio do caminho apontado no mapa, tão firme quanto um pudim, que acabou engolindo Zeromus até as coxas. Prestativo, tentei ajudar, mas meus esforços foram inúteis. O Sujo mostrou ser tão forte quanto o cheiro do bacon em sua barba e em um puxão soltou o bruxo da lama.

Sarah explicou que para chegarmos no destino apontado no mapa tínhamos duas opções: seguir em frente, pelo charco, por cerca de seis horas; ou dar a volta no terreno pantanoso pela floresta fechada, com a possibilidade de encontrar mais perigos e com um tempo estimado de oito horas. O grupo discutiu prós e contra, até que lembrei se algo útil para situação: o Disco Flutuante de Tenser. Minha intenção era criar com magia um disco que suportasse o peso do grupo, mas minha habilidade não foi suficiente para isso. O resultado foi um disco capaz de levar, no máximo, dois integrantes do grupo por cima da lama.

Devo retirar todas as palavras que eu possa ter dito que o caminho estava difícil até esse ponto, porque a situação piorou! Oportunista, Zeromus logo garantiu seu lugar no disco na primeira parte do caminho, acompanhado do Sujo (o cheiro do bacon foi um preço um tanto quanto alto para o conforto). Infelizmente para sustentar a magia não podia usufruir das vantagens do disco e o jeito foi lançar-me na lama. Os demais companheiros também seguiram caminho, com muita dificuldade. Fomos obrigados a revezar a tripulação do disco em alguns momentos, pois o desgaste e cansaço físico foram grandes. Enfim, até mesmo após um tropeço da patruleira Sarah no meio da lama, conseguimos encontrar terreno seco.

O caminho no charco levou as seis horas previstas, suficientes para a chegada do anoitecer. O grupo decidiu descansar e montar acampamento (todos estavam visivelmente cansados, “com dores em lugares que nem imaginavam existir”[2]). Mesmo ainda não entendendo porque outras raças precisam dormir (a vantagem de ser eladrin e precisar meditar apenas quatro horas é o tempo útil durante a noite), ajudei a recolher lenha e acender uma fogueira. Sarah encontrou um lugar, segundo ela, seguro. Enquanto todos se preparavam para dormir, procurei uma pedra alta para estudar um pouco mais as magias (e em uma próxima vez criar um disco melhor) e ajudar nos turnos de guarda (o Draconino ficou na ronda pelo ar).

Nosso descanso não durou muito. No meio da noite, após a troca do segundo turno vigia, fomos surpreendidos por saqueadores (o Velho, Zeromus e eu chegamos a ver o perigo, mas não conseguimos acordar o Sujo, Sara e Agnata). As criaturas atacaram em ondas, o que somou mais ou menos uma dúzia de inimigos. Sarah e Agnata foram pegas de surpresa, ainda deitadas, mas isso não impediu que ambas ensinassem uma lição para as criaturas. O Velho segurou o ataque das criaturas que pareciam mais fortes, enquanto o Sujo esmagou os crânios dos infelizes mais próximos com seu martelo. Já Zeromus e eu nos concentramos nos artilheiros e nos agrupamentos, respectivamente (o bruxo proferiu muitas maldições, enquanto eu fiz os malditos voarem com minhas ondas trovejantes).

Após derrubar os inimigos, vimos que eram kobolds[3]. Empilhamos e incineramos os corpos, mas mantivemos um deles vivos para obter informações. Por nossa sorte, Agnata e o Velho falavam dracônico (mais tarde eu lembrei que eu também falava esse idioma, mas por um lapso esqueci). O kobodt, depois de dizer que era apenas um saqueador e que estava junto com sua família, disse que viu muito movimentação de goblins na região, inclusive acompanhados por um dragão (!) negro. Agnata ficou com certo peso na consciência após descobrir que o grupo matou a família do kobolt. Mas como são criaturas sem escrúpulos, conseguimos convencê-la que impedimos de ocorrer novos ataques.

Termino meus relatos hoje no amanhecer do dia 3 de Eleasias, enquanto o grupo recolhe acampamento e prepara-se para seguir um caminho indicado pelo kobold sobrevivente. O novo caminho é um desvio da rota apontada pelo mapa. Apesar da possibilidade de um dragão no destino, o grupo segue confiante.

Lembrete 1: Eu SEI falar dracônico.

Lembrete 2: Aprender magia para fazer a segurança do acampamentos.

Lembrete 3: Lembrar de voltar ao caminho apontado para o mapa depois de investigar o dragão (!).

Lembrete 4: Conseguir equipamentos para facilitar investidas na floresta.

Quantidade de dias relatados: 1

[1] Animal Atroz: versão maior, mais forte e mais resistente das criaturas normais.

[2] Essa frase surgiu como se sussurrada na minha cabeça.

[3] Os kobolds veneram os dragões e costumam residir próximos ou dentro de onde essas criatura estabelecem seus covis. Eles se espreitam na escuridão, escondendo-se de inimigos mais fortes e se amontoando para derrotar os mais fracos. Os kobolds são covardes e geralmente fogem quando estiverem sangrando, a menos que haja um líder forte presente. Os kobolds gostam de armar armadilhas e emboscadas. Se não conseguirem fazer que seus inimigos caiam numa armadilha, eles tentam se esgueirar o mais perto possível e atacar subitamente.

03
fev
10

Memórias de Sariel Valenae – Capítulo 1 – Sessão 1

Estes são relatos das aventuras de Sariel Valenae, eladrin mago que decidiu sair pelo mundo e encontrar sua verdadeira história.

Grupo da Campanha de RPG em Forgotten Realms

Registro 1 – 1º. de Eleasias de 1372 (11 de Janeiro de 2010)

Ano de 1372 CV[1], o “Ano da Magia Selvagem”[2]. Já é alto verão e o dia 1º de Eleasias traz consigo o Encontro dos Escudos – festival que acontece todos os anos para celebrar a paz no Vale da Batalha. Como todos os anos, as cidades da região enviam suas comitivas para se encontrar, trocar mercadorias e aprender um pouco com os diversos tipos, de todos os cantos.

A comitiva dos magos de Cormir comparece com suas mais novas descobertas do meio arcano (e dessa vez eu, Sariel Valenae, acompanho meus mestres pela primeira vez em viagem). Outros reinos com expressivos visitantes são da Terra do Vales e aquele “povinho” de Sembia (meus mestres dizem para nunca deixar o cajado longe de vista quando for para lá…).

Nesse ano, o Encontro dos Escudos acontece nas imediações da mansão de Lorde Aencar, figura muito influente na região e de várias posses. O terreno oferecido comporta tranquilamente todas as tendas de especiarias, artesanato, bebidas, armas e itens mágicos (durante o dia tive que ficar atendendo, enquanto os mestres aproveitavam o festival…). A paz, porém, não durou muito tempo durante as festividades.

No fim da tarde, enquanto recolhia o material da barraca de especiarias mágicas, percebi um objeto estranho em chamas sendo arremessado contra a área do Encontro dos Escudos. Curioso fui verificar a situação. Para minha surpresa era um preparo que incendiou uma tenda de alimentos (fogo alquimico, talvez). Vi que uma elfa, vestida como o povo da floresta, também percebeu o incidente.

Imediatamente, lembrei dos ensinamentos de meus mestres e conjurei um balde d’água para tentar abrandar o fogo (é um dos truques mais básicos, mas muito útil em momentos como esse). A elfa afastou os desavisados que não perceberam o fogo. Enquanto outras pessoas começaram a perceber as chamas, goblins saltaram de um bosque das imediações e irromperam em ataque.

Malditos! Logo vieram para cima de mim, rasgando meus trajes e manchando os tecidos finos com meu próprio sangue. Ao mostrarem hostilidades, outros forasteiros como eu apareceram empenhados em combater as criaturas. Os mais próximos de mim e que chamara a atenção foram: uma Draconata, de um ímpeto tão intenso quando o vermelho de suas escamas; um Velho (quase no fim de sua breve existência humana) empunhando em uma mão um símbolo de algum deus (que não me recordo) e uma espada que pareceu ter sido bem usada já; um Anão que tinha uma arma quase maior que ele (que duvidei se iria acertar algum golpe pelo tamanho da caneca que carregava antes…); a Elfa, que antes mostrou dinâmica ao ajudar as pessoas, apresentou-se com grande habilidade no arco e na espada contra a ameaça; e um Tiefling (!), que a primeira vista parecia o filho de um demônio do 9º Inferno, mas que mostrou atitude cooperativa (utilizador de artes arcanas “infernais”).

O impasse com os goblins foi resolvido entre chamas nas barracas. Logo depois disso, um guarda do Encontro dos Escudos fez um pronunciamento com a intenção de recrutar interessados em ajudar na exploração da área. Falou-se algo sobre círculos mágicos e que os goblins poderiam ter vindo da mata fechada. Troquei algumas palavras com os forasteiros que me chamaram a atenção durante o combate, mas cada um foi para o seu canto.

Ao voltar e conversar com meus mestres, percebi um clima tenso (inclusive com indiferença da parte deles…). Resolvi então formar uma equipe e investigar os tais círculos mágicos para meus mestres (mesmo eles não se importando com o que eu faria) (apesar do empenho de meus mestres em me ensinar as artes arcanas, parece que sempre preciso provar algo para eles). Logo pensei nos bravos guerreiros que ajudaram durante o combate. Um a um fui atrás deles e nos dirigimos para o alistamento (procedimento necessário, caso alguém não voltasse).

Durante o alistamento, descobri o nome e a origem de cada um deles:

– Agnata, a Inspiradora (jogadora: Renara), Draconata Senhora daGuerra, veio do Vale da Adaga;

– Sarah, a Lépida (jogadora: Tati), Elfa Patrulheira, da Terra dos Vales;

– Regdar, o Velho (jogador: Willson), Humano Paladino, da Terra dos Vales;

– Thoradin, o Sujo (jogador: Donel), Anão Guerreiro, de Sembia;

– Zeromus, o Intrigante (jogador: Willian), Tiefling Bruxo, de Sembia.

– Sariel Valenai, o que escreve essas memórias (jogador: Joel), Eladrin Mago, de Cormir.

Depois do cadastramento (e alguns problemas pela falta de higiene do Sujo e a precariedade da armadura do Velho), voltamos aos nossos acampamentos para passar a noite e recobrar as energias para a expedição do dia seguinte.

O dia começou com o pronunciamento do general Donavan, chefe da guarda do Encontro do Escudo, e em seguida pegamos informações sobre nosso trajeto. O Velho Paladino tomou a frente do grupo e mostrou que sua experiência em combate pode ser útil em gerir a equipe. Seguimos em direção ao nosso destino e, enquanto isso, conversamos sobre o que cada um conseguiu juntar de informações, principalmente Agnata.

O que sabemos até então é que os tais círculos mágicos eram utilizados antigamente como portais pelos elfos que viviam na região. Alguns deles ainda podem estar ativos e estar sendo utilizados pelos goblins. Além disso, as tropas foram mobilizadas para fazer a guarda do perímetro da cidade, onde acontecia o Encontro dos Escudos. Zeromus ainda ouviu boatos sobre o envolvimento da “Torre Negra”, um local referente a uma grande guerra que aconteceu há algumas décadas.

Nosso mapa levou o grupo por uma fazenda abandonada, onde encontramos resquícios de um acampamento goblin (provavelmente dos que realizaram o ataque no dia anterior). Sarah conseguiu encontrar rastros de goblins, que vinham da mesma direção que aponta nosso mapa (será que estamos no caminho de descobrir algo importante?).

Ao adentrar a mata fechada, fomos surpreendidos por uma matilha de lobos (inclusive um com aparência mais “invocada”). Mais uma vez, o combate direto não mostrou ser meu forte. Apesar de animais selvagens, os lobos deram certo trabalho para o grupo, porém, depois de muitas mordidas e uivos, conseguimos derrotas as ferras.

Este relato foi escrito durante a retomada de fôlego após a batalha com os lobos. Enquanto acabo de grafar estas últimas linhas, o grupo já começa a apertar o passo para o trajeto proposto. Na volta para a cidade, continuo o relato.

Lembrete 1: Arrumar um jeito de tirar o cheiro do Sujo.

Lembrete 2: Convencer o Velho que a boa aparência do seu equipamento pode ser interessante.

Lembrete 3: Tomar mais cuidado quando alguém com uma espada chegar perto demais.

Lembrete 4: O Draconino ainda não tem muita experiência em combate (tomar cuidado com ele).

Lembrete 5: Tentar descobrir o motivo da preocupação de meus mestres.

Quantidade de dias relatados: 2

[1] Cômputo dos Vales (CV): O Cômputo dos Vales começou no ano em que os humanos receberam a permissão da Corte Élfica para se assentarem nas regiões mais abertas das florestas. As informações nesse texto são precisas até o final de 1367 CV. Em alguns textos, principalmente aqueles que não têm uma ligação mais direta com a história dos Vales, o Cômputo dos Vales é chamado de Cômputo dos Homens Livres (CH).

[2] A Lista dos Anos recebe esta denominação porque eles derivam de profecias escritas sob este título pelo famoso Sábio Perdido, Augathra o Louco, com algumas adições do grande vidente Alaundo. Todos os anos de Forgotten Realms tem um título previsto, que normalmente faz alusão a algum fato marcante do ano.

01
fev
10

raça – dnd 4e – drow

A raça Drow (do Livro do Jogador de Forgotten Realms) traduzida para português, nas regras da 4ª Edição de Dungeons and Dragons. Faça o download do PDF aqui: Drow.PDF

01
fev
10

classe – dnd 4e – lâmina arcana

Tradução da classe Lâmina Arcana (do Livro do Jogador de Forgotten Realms 4e) para português, para a 4a Edição de Dungeons and Dragons. Faça o download do PDF no link a seguir Lâmina_Arcana.PDF




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